sábado, 2 de julho de 2011

Entrevista Leonardo Laza - Professor UnB



O professor explica o funcionamento do Moodle, que possui uma estrutura modular, ou seja, suas ferramentas são dividas em blocos (fóruns, tarefas, questionários, etc.), e por ele ser um software livre pode ser manipulado de acordo que atenda as necessidades pedagógicas a que se propõem. O Moodle que é um dos softwares livre mais usados em Ambientes de Aprendizagem EAD, por sua facilidade em ser adaptável as necessidades possibilitando a construção de conhecimento cooperativo, pois a intenção maior é o compartilhamento de conhecimento.




sexta-feira, 17 de junho de 2011

Educação à Distância vale a pena?

Educação a distância vale a pena?

De 2000 para cá, a chamada EAD cresceu 45.000% em números de alunos no país. Muita gente, no entanto, ainda fica de pé atrás com quem tirou diploma de Pedagogia ou Licenciatura nessa modalidade de ensino. Para avaliar se isso é puro preconceito, veja o que é mito e verdade nessa área

Ana Rita Martins e Anderson Moço mailto:novaescola@atleitor.com.br



Para quem mora longe de uma universidade ou não pode ir à aula todos os dias, a Educação a distância (EAD) parece ideal. Por isso, ela tem conquistado tanto espaço. Em 2000, 13 cursos superiores reuniam 1.758 alunos. Em 2008, havia 1.752 cursos de graduação e pós-graduação lato sensu com 786.718 matriculados, segundo a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed). A modalidade de ensino usa ambientes virtuais, chats, fóruns e e-mails para unir professores e turmas. Assim, quem é de Ribeirão Cascalheiras, a 900 quilômetros de Cuiabá, por exemplo, pode se formar em Pedagogia pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), que mantém um polo na cidade.
As experiências no ensino a distância por aqui começaram no início do século 20, com cursos profissionalizantes por carta, rádio e, mais tarde, pela TV. Só com a internet e a banda larga, eles se tornaram viáveis na graduação e na pós.
Apenas recentemente começamos a apostar na EAD como uma saída para suprir a demanda por formação superior no país. Criada em 2005, a Universidade Aberta do Brasil (UAB) tem como prioridade a formação inicial de professores da Educação Básica pública, além de formação continuada aos graduados. Por meio de parcerias entre 38 universidades federais, a UAB oferece 92 opções de extensão, graduação e pós-graduação.
Poucos formados e falta de fiscalização preocupam
Estudo de 2007 capitaneado por Dilvo Ristoff, então diretor do Departamento de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), comparou os resultados do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade/2006) nas modalidades presencial e a distância. Das 13 áreas em que o confronto foi possível, os de EAD se saíram melhor em sete: Pedagogia, Biologia, Física, Matemática e Ciências Sociais, além de Administração e Turismo. Isso mostra que o fato de as aulas serem a distancia não significa que elas sejam de pior qualidade.
No entanto, é forte a desconfiança no mercado de trabalho em relação aos egressos dessa modalidade. Isso, em parte, por haver poucos diplomados. Dados do Inep revelam que, enquanto a graduação presencial formou 736.829 profissionais em 2006, o ensino a distância contabilizou apenas 25.804. Esse contingente ainda é pequeno para que as redes avaliem a competência deles.
Além disso, especialistas apontam graves problemas na forma como a EAD tem sido conduzida no país. No estudo Professores do Brasil: Impasses e Desafios, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), a coordenadora Bernardete Gatti, da Fundação Carlos Chagas (FCC), relata que o governo federal ainda não dispõe de aparato suficiente para acompanhar, supervisionar e fiscalizar os cursos, fato que comprometeria sua qualidade. Outro ponto frágil da política governamental, segundo o trabalho, seria a pouca verba destinada aos tutores (que acompanham a aprendizagem dos grupos), feito por meio de bolsas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o que tornaria a qualificação dos profissionais precária.
Para não entrar em uma arapuca, o importante é avaliar as opções antes de se decidir. O documento Referências de Qualidades para a Educação Superior a Distância, elaborado pelo Ministério da Educação (MEC), indica o que você tem direito de saber antes de se matricular:
- Métodos de ensino da universidade
- Tecnologias usadas
- O tipo de material didático usado
- Os tipos de interação disponíveis
- Quanto tempo leva para o tutor responder às dúvidas.
Outra medida importante é verificar se a instituição está credenciada, se é reconhecida e se já foi fiscalizada. Para isso, basta pesquisar no site siead.mec.gov.br, que traz as instituições que oferecem graduação e pós lato sensu a distância.
Tão importante quanto essas medidas é analisar se o modelo preenche suas necessidades e se é adequado ao seu perfil (faça o teste para saber se você tem o perfil do aluno a distância). Muito se diz sobre a EAD, mas nem tudo pode ser levado a sério. Para ajudar você a conhecer melhor essa modalidade, selecionamos as 16 afirmações mais comuns sobre ela e, com base em estudos, estatísticas e opiniões de renomados especialistas, esclarecemos o que é mito e o que é verdade.
Pré-requisitos para a matrícula
[VERDADE]  O curso não é adequado para os mais jovens
De acordo com a Abed, 54% das instituições que oferecem cursos a distância declararam que a maioria dos matriculados tem mais de 30 anos. João Vianney Valle dos Santos, autor de diversos livros sobre o tema, afirma que em geral os mais jovens não atingiram o nível de maturidade, comprometimento e responsabilidade que o planejamento de estudos da modalidade requer. De fato, é necessária muita disciplina. Não se pode deixar o material de leitura acumular. Se isso ocorre, fatalmente não se consegue aprender o conteúdo, perceber onde se tem dificuldade para pedir ajuda ou mesmo acompanhar as discussões nos momentos em que toda a turma está reunida por meio de chats e videoconferências. Santos chama a atenção para mais um ponto: na juventude, o convívio social e cultural proporcionado pelo ambiente universitário é essencial. "A formação dos 17 aos 24 anos não está vinculada só ao aprendizado de conteúdos, mas a uma fase de maturação e socialização favorecida pelo contato direto com o outro."
[VERDADE]  É preciso ter um bom computador e uma boa conexão de internet
Mais de 93% dos cursos de graduação e pós utilizam a internet como o principal meio de ensino. O uso de vídeos online está presente em mais de 57% das instituições, sendo que em 52% delas a transmissão comporta interatividade entre estudantes e mestres. Quem não tem computador com internet rápida pode sair prejudicado. Afinal, ninguém tem paciência de passar horas esperando um vídeo carregar. E não se pode perder a chance de conversar com o professor em vídeoconferência porque a máquina não dá suporte a essa ferramenta. "Os polos presenciais costumam disponibilizar computadores com conexão à internet. Quem não tem isso em casa e não mora tão próximo aos polos deve encontrar um meio de acesso à banda larga, nem que seja em um cibercafé", explica Ymiracy de Souza Polak, consultora da Capes para EAD e membro da comissão de avaliação do Inep/MEC.
[MITO]  É ideal para quem tem pouco dinheiro
O fato de os cursos a distância serem normalmente mais baratos que os presenciais muitas vezes se torna um chamariz. Para não ser pego no susto, porém, o ideal é fazer um levantamento de todos os gastos relacionados antes de efetuar a matrícula. Segundo a Abed, a questão financeira é citada como um dos motivos de abandono por 48,5% dos graduados e 30,4% dos pós-graduandos a distância que evadiram. O valor da mensalidade não é o único dinheiro a ser investido. É preciso estar ciente dos custos com transporte e alimentação para participar das atividades presenciais obrigatórias na própria instituição ou no polo disponibilizado por ela. Outro ponto importante a considerar é a compra de material didático. Onilza Borges Martins, pós-doutora na área de Educação a distância e estudiosa do tema há 20 anos, diz que um bom curso não dispensa os materiais tradicionais de estudo. "Os que oferecem apenas uma apostila com trechos de obras, totalmente descontextualizados, empobrecem o acesso ao conhecimento. Desconfie se a instituição não coloca livros na lista de materiais."

Qualidade pedagógica
[MITO]  O diploma é fácil
Para começar, vale lembrar que o tempo de duração do curso é o mesmo que na modalidade presencial. Carlos Eduardo Bielschowsky, secretário de Educação a distância do MEC, diz que os diplomas de graduação e pós-graduação, sejam eles presenciais ou a distância, são equivalentes. "Por lei, exigimos o mesmo grau de rigorosidade em ambos." Por isso, quem acha que uma boa faculdade a distância é moleza pode acabar se frustrando com o grau de dificuldade que se apresenta e não seguir adiante. Segundo a Abed, 61,8% dos matriculados na graduação e 45% dos da pós-graduação que evadiram em 2008 alegaram como motivo não ter tido tempo para se dedicar suficientemente. O dado indica que não é nada simples dar conta do recado.
[MITO]  As avaliações não são difíceis
O nível de exigência das provas, que são discursivas, é o mesmo das aplicadas nas faculdades presenciais. Muitas vezes, elas se tornam ainda mais difíceis pelo acúmulo de conteúdos cobrados. Isso porque, num curso de qualidade, o conhecimento sobre o material complementar disponível no ambiente virtual também é avaliado. Outro ponto: imagine num único dia ser testado em várias disciplinas com base no que foi visto no semestre todo? Isso ocorre porque o MEC determina que as provas devem ocorrer nos polos presenciais, sob o olhar dos tutores da turma - se fossem feitas em casa, as chances de fraude seriam enormes. Em graduação, há uma avaliação por disciplina, obrigatoriamente. Já nas especializações, são, no mínimo, duas provas escritas. Além disso, as boas instituições pedem, em média, dois trabalhos por semana - com hora limite para a postagem na rede. Por sua natureza, a EAD apresenta uma peculiaridade: o meio eletrônico garante o registro de cada passo do aluno, dando destaque à avaliação processual. É possível saber quantas vezes ele entrou no ambiente virtual, o tempo passado em fóruns e chats e qual a qualidade dessa participação. "Conseguimos verificar durante as aulas se ele está aprendendo ou não. Cabe ao tutor avaliar o comportamento de cada um no ambiente virtual", explica Waldomiro Loyolla, coordenador técnico da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp).
[MITO]  A evasão é maior
Ao contrário. Na graduação e na pós à distância, 17% dos discentes desistem antes de se formar, enquanto nos presenciais essa taxa passa dos 21%, de acordo com o Censo de 2006 do Inep. "A evasão ocorre quando não há dedicação. Se as tarefas não são feitas em uma semana, na próxima é necessário correr muito para acompanhar. Quem não consegue colocar os estudos em dia desiste, pois percebe que não tem mais como chegar lá", explica Roberto De Fino Bentes, docente dos cursos a distância da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e consultor na área. Uma curiosidade: diferentemente do que muitas pessoas pensam a distância da casa dos alunos em relação à sede da universidade não é um fator determinante para a evasão. Instituições com mais da metade deles vivendo fora do estado sede têm índices de evasão abaixo da média no país.
Rotina do aluno
[MITO]  É possível estudar quando quiser
Essa é uma das frases que mais têm sido usadas por instituições de má qualidade para atrair a clientela. Num bom programa a distância, definitivamente não se estuda apenas quando se quer. Para acompanhar as discussões sobre os conteúdos, é necessário traçar uma rotina que inclua, todos os dias, leituras obrigatórias e complementares. Além disso, é necessário participar das discussões online, com os colegas, em horários fixos ou previamente marcados pelos tutores. É bom frisar que essa participação também é levada em consideração na avaliação processual. Maria Lucia Cavalli Neder, reitora da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) - a primeira a instituir a Pedagogia a distância no país -, afirma: "Na boa graduação e pós a distância, há o acompanhamento individual pelo tutor. Ele sempre pede um feedback das atividades feitas e quem não estuda ou só estuda quando quer não consegue disfarçar: simplesmente não consegue acompanhar a turma".
[MITO]  O aluno fica isolado e não interage com os colegas
Há várias razões para afirmar que a história não é bem assim. A primeira é a exigência do MEC de que sejam organizados momentos de convivência e interação entre os colegas nos polos presenciais - o que ocorre nas atividades complementares, obrigatórias por lei, como sessões de filmes, debates e encontros, e nas provas finais. As atividades em que todos devem estar online juntos, como chats e videoconferências, é outra estratégia que garante a interatividade entre a turma. Em quase 95% dos cursos credenciados, é possível debater conteúdos e trocar ideias com os colegas. "Os trabalhos semanais também costumam ser realizados em grupo e deve-se usar a rede para combinar o desenvolvimento deles e as datas de reunião", ressalta Bentes. Outro fator que contribui para a interação é que a organização é feita em turmas em quase metade das instituições. Dessa forma, durante anos, os mesmos alunos seguem juntos, o que os aproxima - como em qualquer faculdade. Por fim, as boas instituições incentivam a organização de grupos de estudo sobre temas específicos. Assim, os alunos aprofundam os conhecimentos trocando informações com os colegas.
[MITO]  A dedicação exigida é menor
Não há como estudar menos se o curso é bem planejado, rico em material básico e complementar, e se professores, tutores e estudantes participam de várias atividades para construir o conhecimento coletivamente. Numa pesquisa feita no ano passado com três universidades privadas de Santa Catarina, Santos constatou que os alunos a distância liam, em média, 3 mil páginas por ano só de conteúdo básico estruturado (sem contar o material complementar). O estudo feito por Dilvo Ristoff em 2006 também incluía um item sobre o tempo de estudo diário necessário para dar conta dos conteúdos propostos. A média ficou em mais de três horas por semana. Sem um professor ao lado diariamente para dar resposta a suas dúvidas na hora, como ocorre normalmente em uma aula presencial, os alunos precisam se dedicar à pesquisa. Consultar várias fontes é essencial para que eles possam seguir adiante em suas atividades até que o tutor retome com ele o conteúdo.
[VERDADE]  Quem é disperso não se dá bem
Não tem jeito: quem é pouco comprometido ou necessita de alguém cobrando o tempo inteiro para que estude não pode fazer uma faculdade a distância. "É necessário ter um método de estudo e um compromisso com a própria aprendizagem", acredita Bentes, da UFPR. Pesquisa da Abed com 93 pessoas que evadiram apontou como principal motivo a dificuldade de controlar o próprio tempo e se dedicar aos estudos. "A Educação a distância requer leitura e interpretação de textos e ter concentração é básico para essas tarefas mesmo que o curso seja presencial", completa Bentes.
[MITO]  Não é preciso sair de casa
Ir aos polos presenciais é necessário, uma informação que a maioria dos interessados na modalidade desconhece. Tanto que em graduação e pós-graduação o curso precisa ser semipresencial para que seja reconhecido pelo MEC. É claro que a presença não é exigida com frequência, mas são diversas as atividades que obrigam a sair da frente do computador. Avaliações, trabalhos em grupo, aulas em laboratório, busca de materiais de apoio e videoconferências via satélite são algumas delas. De acordo com o levantamento da Abed, cerca de 50% das instituições utilizam vídeos exibidos nos polos como material pedagógico. Além disso, mais de 90% dos cursos têm bibliotecas tradicionais, enquanto apenas 50% dispõem de acervo virtual. Dessa forma, muitas vezes se tem de buscar os livros para estudo - o que se torna uma dificuldade para quem está bem longe dos polos. É preciso lembrar que quem optou por Pedagogia e Licenciatura nas diversas disciplinas deve cumprir a mesma carga horária de estágio que os matriculados na modalidade presencial. "Eles precisam ir a uma escola da rede pública ou privada e desenvolver com a garotada da Educação Básica as atividades propostas pelo tutor", explica Alda Luiza Carlini, docente do Departamento de Tecnologia da Educação da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ainda segundo ela, os futuros professores têm a tarefa de registrar o andamento dos trabalhos realizados em sala e trocar com o responsável pela turma informações sobre o desenvolvimento de cada criança.
Estrutura e corpo docente
[VERDADE]  As instituições investem mais em tecnologia do que em conteúdo
Em 2007, os gastos com aquisição de tecnologia, laboratórios, softwares e serviços de internet consumiram 71,8% dos investimentos das instituições. Em 2009, além do investimento em tecnologia, também houve destaque para gastos com estrutura física (aquisição de equipamentos e acervos para bibliotecas e bancos de dados). Fredric Litto, presidente da Abed e pesquisador do tema há mais de 40 anos, ressalta que só essa infraestrutura não faz uma Educação a distância de qualidade. "Igualmente importante é o investimento em conteúdo. Por isso, no momento de procurar uma faculdade a distância, não cabe se deslumbrar com inúmeros itens tecnológicos apresentados e achar que o curso é bom pela simples presença deles", alerta. Deve-se ficar de olho principalmente no material didático. As instituições picaretas costumam investir pouco, terceirizando essa produção, o que pode afetar de forma direta a qualidade.
[VERDADE]  Os professores são menos qualificados
Se você se refere a quem acompanha a aprendizagem, sim, é verdade. Em EAD, esse profissional, chamado tutor, tem contato direto com os alunos e é o responsável por tirar as dúvidas e avaliar a participação deles nas tarefas. O grande problema é que a formação dos tutores exigida por lei é muito baixa. Eles devem apenas ser formados na área em que vão fazer a tutoria há, pelo menos, dois anos. "Um curso só será bom e atingirá seu objetivo (fazer com que todos aprendam), quando esses profissionais forem capacitados a assumir sua função", ressalta Alda Carlini. O professor especialista (sim, ele também existe em EAD) prepara os materiais didáticos, organiza as situações de aprendizagem, constrói as propostas de trabalho e orienta as intervenções dos tutores. A formação desse profissional, na boa EAD, não deixa a dever nada à das presenciais. "As normas do MEC são claras: os docentes responsáveis pelas disciplinas do presencial também devem ser responsáveis pela modalidade dele a distância", diz Alda. "Nas avaliações de qualidade do ministério, os critérios são os mesmos, como o grau de titulação dos profissionais", completa. Dados da Abed mostram que 40% das instituições contam com mestres e doutores formados especificamente em Educação a distância e mais de 50% têm especialistas na área, além de outras titulações acadêmicas.
[VERDADE]  A turma de um curso a distância é maior do que a de um presencial
De fato. Uma turma de graduação presencial tem, em média, 80 integrantes, enquanto na Educação a distância esse número pode chegar a 180. Segundo a Abed, o docente de graduação e de pós-graduação a distância tem a média de 97 alunos sob sua responsabilidade, enquanto o tutor, 77. Segundo Alda, isso é um fato problemático. "Cada tutor deveria ser responsável por 25 estudantes para dar a atenção necessária e responder a tempo a todos."
Perspectivas para o formado
[MITO]  Os alunos aprendem menos do que no curso presencial
Com os resultados do Enade de 2006, essa ideia caiu por terra. A Pedagogia foi um dos que apresentaram melhor desempenho na modalidade a distância do que na presencial. Ou seja, os alunos aprenderam. O que importa sempre, então, é verificar se o programa tem qualidade - do mesmo modo que se dá a escolha por uma faculdade presencial. É preciso verificar se professores e tutores são qualificados, se o material didático é rico e bem produzido, se a tecnologia é usada a favor da aprendizagem, se as respostas a dúvidas são rápidas e se existe uma estrutura presencial que seja condizente com a área em questão - incluindo laboratórios específicos para cada área e bibliotecas. José Armando Valente, pesquisador do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (Nied) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) reitera: "Se o curso é bom e o estudante é empenhado, organizado e proativo, não há como não aprender".
[VERDADE]  É mais difícil conseguir emprego
Ainda há um grande preconceito contra o EAD. Em parte, ele pode ser explicado pelo pouco tempo de existência dela na graduação. "O mercado não conhece os formados a distância e há um desconhecimento muito forte sobre a qualidade dos cursos", acredita Ymiracy de Souza Polak. A lei garante que nos certificados do Ensino Superior não venha especificado que a formação foi feita a distância. O Conselho Federal de Biologia, por exemplo, havia vetado o registro profissional de alunos graduados a distância, medida revogada pela Justiça Federal. Entretanto, numa entrevista de emprego, isso pode pesar na escolha. Até mesmo entidades oficiais declaram não concordar com a formação semipresencial. "Não achamos bom para a Educação que professores façam a primeira faculdade a distância. Para que a formação inicial tenha verdadeiramente qualidade e prepare o professor para a prática de sala de aula, ela precisa ser presencial", acredita Maria Izabel Azevedo Noronha, presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e membro do Conselho Nacional de Educação. Segundo ela, o tema foi debatido nas etapas intermunicipal e estadual da Conferência Nacional de Educação, e essa foi a opinião da maioria dos integrantes. Já o presidente da Associação Brasileira dos Estudantes de EAD, Ricardo Holz, considera que o controle de qualidade dos cursos é papel do Ministério da Educação. Para ele, um dos casos mais problemáticos de discriminação foi a não aceitação de formados em EAD em concursos públicos para cargos de magistério da Prefeitura de São Paulo. “Hoje, a prefeitura paulistana é obrigada a aceitar por uma liminar do Ministério Público, pois não existe distinção legal entre os cursos presenciais e a distância”, afirma Holz. Um dado curioso: em alguns países da Europa, onde a EAD têm tradição e qualidade, além de serem constantemente avaliados pelo governo, os profissionais formados dentro dessa modalidade estão entre os mais disputados. Os motivos são simples. Eles se dedicam mais aos estudos, são autônomos, sabem se organizar melhor, resolvem problemas inesperados com mais agilidade e estão em busca de oportunidades para crescer.

Fonte: Reportagem da Revista Nova Escola, Novembro/2009, edição 227.



domingo, 22 de maio de 2011

Estudo Dirigido da Disciplina EAD

Universidade de Brasília – UAB – Faculdade de Educação
Curso: Pedagogia
Disciplina: Educação a Distância
Professora: Elizabeth Danziato Rego
Tutor : Adriana de Oliveira
Alunas: Leci Antonia Atanazio
Matrícula: 0870846
Ped 01

Estudo Dirigido I - Você considera que a Educação a Distância pode ajudar a resolver os graves problemas educacionais do Brasil?

            Acredito que a Educação a Distância veio para democratizar o ensino a todos, porém não podemos deixar de exigir uma Educação de qualidade, como li no, blog da nossa colega Flávia Lacerda.
“Educação à Distância não é um "fast food" em que o aluno se serve de algo pronto. É uma prática que permite um equilíbrio entre as necessidades e habilidades individuais e as do grupo de forma presencial e virtual. Nessa expectativa é possível avançar rapidamente, trocar experiências, esclarecer dúvidas e inferir, resultados. De agora em diante, as práticas educativas, cada vez mais, vão combinar cursos presenciais com virtuais, uma parte dos cursos presenciais será feita virtualmente, uma parte dos cursos a distância será feita de forma presencial ou virtual presencial, ou seja, vendo-nos e ouvindo-nos, intercalando período de pesquisa individual com outros de pesquisa e comunicação conjunta. Alguns cursos poderão fazê-los sozinhos, com a orientação virtual de um tutor, e em outras será importante compartilhar vivências, experiências, idéias.¹”
            Como podemos ver nos últimos anos o MEC vem implantando novas estratégias e metas para democratizar a Educação, e uma das inovações foi o ensino superior a distancia, UAB, que é uma oportunidade para muitos ter a tão sonhada graduação superior. A intenção do MEC é alcançar o maior número de alunos e nas mais longínquas regiões, o objetivo é formar principalmente profissionais para a educação, oferecendo formação continuada para estes profissionais.( DECRETO Nº 5.800, DE 8 DE JUNHO DE 2006./ Art. 1º, incisos I e II ).
O MEC criou em outubro de 2005 a UAB - a universidade aberta do Brasil. Não é uma universidade tradicional, mas um sistema nacional de ensino superior à distância que conta com a participação de instituições públicas de educação superior e em parceria com estados e municípios. O principal objetivo da UAB é oferecer formação inicial de professores em efetivo exercício da educação básica pública que ainda não têm graduação, o que significa atender a demanda de milhares de professores, formar novos docentes e propiciar formação continuada a quase dois milhões de profissionais. Também está focando todas as licenciaturas e alguns cursos de graduação para atender regiões carentes. Pretende atingir rapidamente cem mil alunos no ensino superior.²
Segundo José Manuel Moran, há inúmeras vantagens na educação à distância, porém, ele continua preocupado com os modelos da maioria dos cursos focados, tanto a distância como presenciais, mais no conteúdo do que na pesquisa; na leitura pronta mais do que na investigação e em projetos. O ensino superior, tanto no presencial como no à distância, reproduz, ainda, um modelo inadequado para a sociedade da informação e do conhecimento, onde nos encontramos.
Há uma grande desigualdade econômica, de acesso, de maturidade, de motivação das pessoas. Alguns estão preparados pela mudança, outros muitos não. É difícil mudar padrões adquiridos nas organizações, governos, dos profissionais e da sociedade. E a maioria não tem acesso a esses recursos tecnológicos, que podem democratizar o acesso à informação. Por isso, é da maior relevância possibilitar a todos o acesso às tecnologias, à informação significativa e à mediação de professores efetivamente preparados para a sua utilização inovadora.¹
            Mesmo entendendo que a EAD é uma ótima forma de democratizar a Educação, ainda é preciso uma conscientização de que esta modalidade de ensino deve ser levada a sério tanto quanto o ensino presencial, pois a maioria dos alunos entra nesta modalidade pensando que será mais fácil, ou não terão que estudar tanto quanto um curso presencial. Esta é uma realidade vivida em nosso curso de Pedagogia, pois quase a metade dos alunos desistiu quando se depararam com a demanda de estudos exigidos.
            Segundo José Manuel Moran, o processo de mudança na educação a distância não é uniforme e nem fácil. Iremos mudando aos poucos, em todos os níveis e modalidades educacionais.
            A Educação a Distância sem dúvidas é uma ótima oportunidade de democratizar a educação no país, e sem dúvida poderá diminuir um pouco os graves problemas educacionais do país, porém, como em qualquer outra modalidade de ensino temos que exigir qualidade neste ensino oferecido.

Fonte:
1 – http://flaviarblacerda.blogspot.com/2011_04_01_archive.html {http://www.eca.usp.br/prof/moran/dist.htm (fonte inicial)}
2 - http://ead-leci.blogspot.com/  { http://www.eca.usp.br/prof/moran/avaliacao.htm (fonte inicial)}
3 - DECRETO Nº 5.800, DE 8 DE JUNHO DE 2006, Art. 1º, incisos I e II.

quinta-feira, 28 de abril de 2011


A educação on-line




Outro modelo à distância predominante é pela Internet e redes digitais, mais conhecido como educação on-line, onde o aluno se conecta a uma plataforma virtual e lá encontra materiais, tutoria e colegas para aprender com diferentes formas de organização da aprendizagem: umas mais focadas em conteúdos prontos e atividades até chegarmos a outras mais focadas em pesquisa, projetos e atividades colaborativas, onde há alguns conteúdos, mas o centro é o desenvolvimento de uma aprendizagem ativa e compartilhada.
O foco em projetos colaborativos se desenvolve com rapidez e traz um dinamismo novo para a EAD. Há cursos que se apóiam em cases, em análise de situações concretas ou em jogos, o que lhes conferem muito dinamismo, participação e ligação grande com o mercado.
Muitas das dificuldades do on-line é que é confundido com o modelo assíncrono em que cada aluno começa em um período diferente, estuda sozinho e tem pouca orientação.
Hoje há muitas opções diferentes de estudos on-line e caminhamos para termos ainda o on-line com muitas mais opções audiovisuais, interativas, fáceis de acessar e gerenciar e a custos bastante baixos.
Temos os cursos on-line assíncronos, baseados em conteúdos prontos e algum grau de tutoria, em que os alunos se inscrevem a qualquer momento.
Temos o mesmo tipo de cursos, com mais interação. Os alunos participam de grupos, de debates como parte das estratégias de aprendizagem. Combinam atividades individuais e de grupo e têm também uma orientação mais permanente.
Um outro tipo de cursos on-line têm períodos pré-estabelecidos. Começam em datas previstas e vão até o final com a mesma turma, como acontece em muitos cursos presenciais atualmente. Dentro desse formato, há dois modelos básicos, com variáveis.
O modelo centrado em conteúdos, em que o importante é a compreensão de textos, a capacidade de selecionar, de comparar e de interpretar idéias análise de situações. Esses conteúdos podem estar disponíveis no ambiente virtual do curso e também em textos impressos ou em CD-s que os alunos recebem. Geralmente há tutores para tirar dúvidas e alguma ferramenta de comunicação assíncrona como o fórum.
E há um segundo modelo em que se combinam leituras, atividades de compreensão individuais, produção de textos individuais, discussões em grupo, pesquisas e projetos em grupo, produção de grupo e tutoria bastante intensa. Nos cursos on-line que começam em períodos certos, com tempos pré-determinados é mais fácil formar grupos, trabalhar com módulos.
O conteúdo do curso e as atividades em parte estão preparados, mas dependem muito da qualidade e integração do grupo, da colaboração. É mais focado em colaboração do que em leitura de textos. O importante neste grupo são as discussões, o desenvolvimento de projetos e atividades colaborativas. O curso em parte está pronto e em parte é construído por cada grupo.
“Uma comunidade de aprendizagem on-line é muito mais que apenas um instrutor interagindo mais com alunos e alunos interagindo mais entre si. É, na verdade, a criação de um espaço no qual alunos e docentes podem se conectar como iguais em um processo de aprendizagem, onde podem se conectar como seres humanos. Logo eles passam a se conhecer e a sentir que estão juntos em alguma coisa. Eles estão trabalhando com um fim comum, juntos”.
Uma variável deste modelo inclui alguns encontros ao vivo, que podem ser para aulas expositivas, ou para tirar dúvidas ou para apresentação de pesquisas. É um on-line mais semi-presencial.




A EAD como política pública




O Ministério de Educação está implantando uma política de democratização da educação a distância no ensino superior e na educação básica de forma sólida e pro-ativa, nestes últimos anos. Um dos programas mais consolidados da Secretaria de Educação a Distância do MEC é o Proformação que já capacitou 30 mil professores desde 1999. O Programa de Formação de Professores em Exercício - Proformação é um curso a distância, em nível médio, com habilitação para o magistério na modalidade Normal, realizado pelo MEC em parceria com os estados e municípios. Destina-se aos professores que, sem formação específica, encontram-se lecionando nas quatro séries iniciais, classes de alfabetização, ou Educação de Jovens e Adultos - EJA, nas redes públicas de ensino do país.
O Ministério da Educação está implementando o projeto Programa de Formação Inicial para Professores em Exercício no Ensino Fundamental e no Ensino Médio (Pró-Licenciatura) . O Programa apóia o oferecimento de cursos de licenciatura a distância para professores da rede pública em exercício nos anos/séries finais do ensino fundamental e no ensino médio, sem habilitação na disciplina em que estejam exercendo a docência. Estão participando Instituições de Ensino Superior (IES) públicas, comunitárias ou confessionais interessadas, em parceria.
O MEC criou em outubro de 2005 a UAB - a universidade aberta do Brasil. Não é uma universidade tradicional, mas um sistema nacional de ensino superior à distância que conta com a participação de instituições públicas de educação superior e em parceria com estados e municípios. O principal objetivo da UAB é oferecer formação inicial de professores em efetivo exercício da educação básica pública que ainda não têm graduação, o que significa atender a demanda de milhares de professores, formar novos docentes e propiciar formação continuada a quase dois milhões de profissionais. Também está focando todas as licenciaturas e alguns cursos de graduação para atender regiões carentes. Pretende atingir rapidamente cem mil alunos no ensino superior.




Mudanças que a EAD está provocando na educação presencial:




Como avaliador do MEC de cursos superiores a distância, tenho ouvido, repetidas vezes, testemunhos de professores e coordenadores sobre o impacto inesperado dos bons cursos de educação a distância nos cursos regulares presenciais. Na implantação da EAD costuma haver, nas universidades, uma certa desconfiança inicial e até um distanciamento generalizado. Alguns professores, chamados para escrever textos, percebem que não basta serem especialistas em sua área; precisam aprender a escrever de forma coloquial para os alunos, a comunicarem-se afetivamente com eles, a preparar atividades detalhadas. Mais tarde, convidados a gerenciar alguns módulos a distância ou a supervisionar as atividades de professores-assistentes ou tutores, constatam que a organização de atividades a distância exige planejamento, dedicação, comunicação e avaliação bem executados; caso contrário, os alunos se desmotivam e desaparecem.
Esses mesmos professores, ao voltar para as salas de aula presenciais, costumam ter uma sensação de estranhamento, de que no presencial falta algo; de que o planejamento é muito menos rigoroso, que as atividades em sala são muito menos previstas, que o material poderia ser mais adequado e que a avaliação é decidida, muitas vezes, ao sabor dos acontecimentos. Professores e alunos, ao ter acesso a bons materiais a distância, costumam trazê-los também para a sala de aula presencial e isso vem contribuindo para a diminuição da separação que ainda há entre os que fazem cursos a distância e os presenciais, nas universidades.
Um exemplo claro da influência de um curso a distância no ensino presencial o testemunhei em Belo Horizonte, no reconhecimento do curso Veredas, de formação superior para professores em serviço, realizado por 18 instituições de Ensino Superior de Minas Gerais. Estavam presentes as equipes de coordenação das três universidades de Belo Horizonte participantes: A UFMG - Universidade Federal, a UEMG - Universidade Estadual - e a FUMEC - Fundação Mineira de Educação e Cultura. Todas as pessoas destacaram a importância do Projeto Veredas para a melhoria dos cursos presenciais de educação. Um impacto importante acontece na relação entre professores e alunos. O conceito de tutoria desloca o foco da aprendizagem para os alunos e exige um contato freqüente, um acompanhamento individual bem diferente da forma como habitualmente o professor age em relação aos alunos presenciais, onde costuma focar o grupo, a maioria, a média.
A EAD on-line, que utiliza tecnologias interconectadas, está contribuindo para superar a imagem de individualismo, de que o aluno em EAD tem que ser um ser solitário, isolado em um mundo de leitura e atividades distantes do mundo e dos outros.
A Internet traz a flexibilidade de acesso junto com a possibilidade de interação e participação. Combina o melhor do off line, do acesso quando a pessoa quiser com o on-line, a possibilidade de conexão, de estar junto, de orientar, de tirar dúvidas, de trocar resultados.
A EAD on-line nos mostra a importância do planejamento, da organização, da preparação de bons materiais. Bons materiais, fáceis de compreender, de navegar, facilitam imensamente o trabalho do aluno.
A EAD nos mostra a importância do auto-estudo, da aprendizagem dirigida. O professor não precisa concentrar toda a sua energia em transmitir a informação. Pode disponibilizar materiais para leitura individual e realização de atividades programadas, pesquisas, projetos, combinando o seu papel de informador com o de mediador e o de contextualizador. Os cursos presenciais poderiam ter um mix de informação, pesquisa (individual e grupal) e auto-estudo.
Ela nos faz descobrir como é importante estarmos juntos, e como, ao estarmos juntos, podemos resolver facilmente os problemas de aprendizagem, as dúvidas. O estar juntos facilita a criação de confiança, de laços afetivos. Destaca o papel fundamental do tutor na criação de laços afetivos. Os cursos que obtêm sucesso, que tem menos evasão, dão muita ênfase ao atendimento do aluno, à criação de vínculos, de laços afetivos.
A educação on-line a distância nos liberta do modelo de um professor para um grupo de alunos como o único possível. É um luxo ter um grande profissional somente para poucos alunos. O grande especialista, o professor brilhante, pode ter hoje muitas mais chances de mostrar o seu valor. Pode participar de cursos em que é o professor responsável, com aulas magistrais, que são completadas e atualizadas por professores assistentes em vários estados e grupos. Os grandes professores podem transformar-se em orientadores, em palestrantes, em coordenadores de atividades de muitos grupos.
A educação on-line de qualidade reafirma um princípio por demais conhecido de que o foco principal está na aprendizagem mais do que no ensino. E o faz concentrando toda a proposta pedagógica em que o aluno aprenda sozinho e em grupo, com leituras, pesquisas, projetos e outras atividades propostas de forma equilibrada, progressiva e bem dosadas ao longo do curso.
Na EAD a maior parte do tempo do professor não é “lecionar”, mas acompanhar, gerenciar, supervisionar, avaliar o que está acontecendo ao longo do curso. O papel do professor muda claramente: orienta, mais do que explica. Isto também pode acontecer na educação presencial; mas até agora desenvolvemos a cultura da centralidade do papel do professor como o falante, o que informa, o que dá as respostas. A EAD de qualidade nos mostra algumas formas de focar mais a aprendizagem do que o ensino.
Um bom curso a distância possui um equilíbrio entre atividades individuais e a aprendizagem colaborativa, em grupos. Esse equilíbrio pode ser incorporado no ensino presencial: Os alunos podem desenvolver atividades sozinhos e outras em grupos, participando de projetos, pesquisas e outras atividades compartilhadas. Para isso, não precisam ir todos os dias para uma mesma sala, estar com professores em tempos e horários totalmente previsíveis. Alunos com acesso em outros locais que a universidade, podem realizar as atividades colaborativas sem estar juntos, mas conectados. Alunos com dificuldades de acesso, o encontrarão na própria universidade em salas conectadas, como bibliotecas e laboratórios. Justifica-se assim uma maior flexibilidade de organização dos horários e tempos de sala de aula e de outros tempos de aprendizagem supervisionada, sem necessariamente obrigar os alunos a estarem no mesmo lugar e tempo com o professor.
O design educacional de um curso a distância também pode ser adaptado, em determinados momentos, ao presencial. Algumas disciplinas mais básicas ou comuns a vários cursos podem ser colocadas na WEB depois de um bom planejamento e desenho do curso. Esse material, leve, atraente e comunicativo pode servir de base para a informação necessária do aluno, para que o aluno o acesse pessoalmente, antes de realizar algumas atividades. Essas disciplinas com o material na WEB podem ser compartilhadas por mais de um professor ou tutor, quando são muitos os alunos. Isso permite que essas disciplinas possam ser oferecidas quase integralmente a distância.
Muitas instituições hoje estão colocando algumas disciplinas a distância em cursos presenciais como parte dos vinte por cento possíveis. Em geral as universidades começam por disciplinas de recuperação como forma de poder atender aos alunos com mais dificuldades e evitar também o inchaço de turmas. Depois, oferecem a distância disciplinas comuns a vários cursos como Metodologia de Pesquisa, Sociologia e outras semelhantes.
O currículo pode ser flexibilizado, segundo as portarias 2253 e 4.059 do MEC, em 20% da carga total. Algumas disciplinas podem ser oferecidas total ou parcialmente a distância. O vinte por cento é uma etapa inicial de criação de cultura on-line. Mais tarde, cada universidade irá definir qual é o ponto de equilíbrio entre o presencial e o virtual em cada área do conhecimento. Não podemos definir a priori uma porcentagem aplicável de forma generalizada a todas as situações. Algumas disciplinas necessitam de maior presença física, como as que utilizam laboratório, as que precisam de interação corporal (dança, teatro....). O importante é experimentar diversas soluções para diversos cursos. Todos estamos aprendendo.
Mudanças que a educação presencial conectada está provocando na educação à distância
A combinação de tecnologias em rede e inovações no ensino presencial estão modificando as formas de organização da educação a distância. Até pouco tempo atrás o importante era o conteúdo. Toda a ênfase era dada ao design dos materiais, para que fossem auto-instrucionais, para que o aluno, sozinho, conseguisse acompanhar e se motivar para continuar aprendendo.
Agora muitos cursos de EAD estão percebendo que o material sozinho não é suficiente para a maior parte dos alunos. Bons materiais auto-explicativos, mesmo feitos com multimídia, não costumam ser suficientes para que os alunos se motivem, aprendam, a longo prazo. Em cursos de longa duração e com alunos jovens, a interação é cada vez mais importante: a assessoria, a tutoria, ter alguém por perto, a participação em grupo, o sentimento de pertença a um grupo é fundamental.
Hoje há uma revalorização do contato, do estarmos juntos, dos momentos presenciais significativos, porque isso contribui para diminuir o índice tradicional de evasão. Quanto mais interação, atenção ao aluno, menor é a desistência.
A EAD on-line está permitindo a combinação de ter professores perto do aluno (presenciais), professores que orientam pela Internet (professores-assistentes) e professores autores, professores com maior experiência, responsáveis por todo o processo, e que, direta ou indiretamente, atingem a centenas ou milhares de alunos, quando antes só podiam, no presencial, fazê-lo com grupos restritos.
São muitos os cursos que destacam a importância da interação com o aluno como elemento fundamental do sucesso de um curso a distância. Destaco este de Bioquímica da Unicamp:
“Ainda que geograficamente distantes, os alunos não se sentiram isolados e/ou desamparados. O intenso diálogo estabelecido foi a principal variável que contribuiu para este resultado. Declarações dos alunos sobre as interações (estabelecimento de diálogo) fortalecem essas conclusões.”
Além da interação on-line, os cursos a distância estão redescobrindo a importância de, quando possível, os alunos se conhecerem também presencialmente. É freqüente a organização de semanas presenciais, no começo e no fim de um módulo ou de um curso.
A EAD está aprendendo também com os novos cursos presenciais a importância de que o aluno pesquise, sozinho e em grupo, o que é importante. O texto serve como guia, como ponto de partida, mas a pesquisa é um componente fundamental da aprendizagem a distância. A Internet facilita muito as possibilidades da pesquisa, de encontrar materiais significativos, embora, esta mesma quantidade complica a escolha do que é mais relevante. Os textos impressos são rígidos, difíceis de atualizar pelo custo da impressão. Com a Internet, a possibilidade de atualização é imediata e barata. Isso permite combinar materiais programados, impressos com atualizações on-line, constantes. Isso está trazendo um dinamismo inédito para a EAD, uma possibilidade de competir, pela primeira vez, com o presencial na oferta de condições para o aluno acessar materiais atualizados. Antes os materiais de EAD estavam melhor planejados, mas ficavam rapidamente desatualizados. Hoje, não mais.
A EAD atual, com o avanço dos cursos on-line, está podendo desenvolver estratégias variadas de aprendizagem: Hoje há muitos jogos on-line, principalmente em cursos ligados a empresas, como forma de experimentar situações possíveis na vida profissional, unindo o lúdico e a simulação de experiências diferentes. Há uma combinação maior de estratégias individuais e grupais, de atividades programadas, previstas e outras adaptadas aos grupos específicos. Hoje existem cursos com alunos em vários países, ou que permitem o seu acompanhamento on-line mesmo em deslocamento constante pelo país ou pelo exterior. Isto é novo, é algo que as tecnologias o permitem agora, e que antes seria muito mais caro e precário.
A EAD atual, com a Internet, está podendo diversificar as formas de avaliação. Pode combinar momentos de avaliação a distância com os presenciais, de avaliação do conteúdo e do processo, das atividades individuais e grupais, da construção individual (pesquisa, portfólio) com a coletiva. Isso é novo e até há pouco, sem a Internet, seria muito mais difícil de realizar e gerenciar.


Avanços e problemas em EAD:




Há avanços significativos. Diante das dificuldades em atender a milhares de pessoas sem formação adequada, o Governo vem aderindo e incentivando ações a distância. Ao assumir o governo a Universidade Aberta a Distância - idéia antiga que nunca vingou no Brasil e que agora renasce não como uma universidade própria, mas como apoio às iniciativas das universidades públicas na formação de professores e na interação entre empresas e universidades para formação profissional - entra o Brasil numa etapa de amadurecimento da Educação a Distância, de legitimação e de consolidação das instituições competentes. Os recursos econômicos da Secretaria de Educação a Distância -SEED são importantes para que as universidades públicas superem as dificuldades internas de gestão e atuem em conjunto para atender às especificações das licitações do MEC. Constato que muitas universidades estão se capacitando para atuar, estão buscando responder rapidamente às demandas oficiais. É importante garantir recursos não só para a produção de materiais para novos cursos, mas também para a sua implementação e continuidade posterior.
Apesar do preconceito ainda existente, hoje há muito mais compreensão de que a EAD é fundamental para o país. Temos mais de 200 instituições de ensino superior atuando de alguma forma em EAD. O crescimento exponencial dos últimos anos é um indicador sólido de que a EAD é mais aceita do que antes. Mas ainda é vista como um caminho para ações de impacto ou supletivas. É vista como uma forma de atingir quem está no interior, quem tem poucos recursos econômicos, quem não pode freqüentar uma instituição presencial ou para atingir rapidamente metas de grande impacto.
O Brasil passou da fase importadora de modelos, para a consolidação de modelos adaptados à nossa realidade. Os cursos por tele-aulas tornam a EAD menos “distante” dos presenciais, porque ampliam e multiplicam a aula ao vivo e isso diminui a sensação de individualismo e solidão que muitos alunos sentem em cursos só baseados em conteúdos impressos ou na WEB.
Há cursos baseados em colaboração, em participação real e grupal na aprendizagem. O foco em projetos colaborativos também se desenvolve com rapidez e traz um dinamismo novo para a EAD. Outros se apóiam em cases, em análise de situações concretas, o que lhes confere uma ligação grande com o mercado e com uma pedagogia participativa.
Já foi apontado antes que nos cursos de grande número de alunos costuma diminuir a qualidade, as exigências de capacitação da equipe pedagógica, principalmente tutoria. Em alguns cursos de tele-aulas, o acesso à Internet é importante para a pesquisa, a realização e o envio de atividades. Em alguns estados, esse acesso à Internet é muito mais complicado e não há computadores suficientes para os alunos, nos encontros presenciais. E os alunos em cidades grandes dificilmente voltam para o pólo local, depois das tele-aulas, para fazer pesquisa e atividades on-line. Em um desses sistemas de tele-aulas um coordenador me disse que em alguns estados o índice dos alunos que acessavam à Internet em alguns estados não chegava ao cinqüenta por cento. Como o curso exigia esse acesso, significa que metade dos alunos deixava de realizar atividades importantes de aprendizagem e eram aprovados. Assim como no presencial, em alguns pólos locais, tenho observado bastantes alunos fora da sala de aula, que marcam a presença e depois saem durante as tele-aulas. Por outro lado, prestar atenção durante duas horas em um monitor de 29 polegadas para uma sala grande, não é fácil (esse problema fica amenizado quando há na sala um projetor multimídia com projeção em tela grande).
As instituições estão aprendendo rapidamente a fazer EAD e isso é uma grande vantagem. Queimamos etapas, aprendemos fazendo. Mas os modelos costumam caminhar para uma certa simplificação, um nível de exigência menor que o inicial, diante de demandas grandes. A avaliação presencial tende a ser feita na forma de prova, em geral de múltipla escolha, o que levanta dúvidas se esse instrumento é eficaz para verificar a aprendizagem significativa. O argumento de alguns responsáveis por EAD é que no presencial também acontece a banalização do ensino e que é difícil avaliar milhares de alunos simultaneamente com provas dissertativas. As críticas ao presencial mal feito não eximem a EAD de tentar formas de avaliação mais formativas do que somativas e conteudísticas.
Quando se critica o nível de exigência ao aluno em alguns cursos de EAD, apresentam-se pesquisas de grau de satisfação dos alunos, em geral alto. Considero importante esse feedback de satisfação dos alunos. Tenho eu feito com freqüência esse contato com alunos em diversos estados brasileiros e constato que para muitos deles a EAD é um grande caminho de inclusão e de crescimento. Aumenta a sua auto-estima e isso é muito importante. Tenho, porém, dúvidas de se o aluno se torna um pesquisador, se caminha para a autonomia intelectual (essa mesma dúvida tenho em relação a muitos cursos presenciais). O material didático em EAD é muito desigual. Algumas instituições, como o Cederj, têm um processo de produção bastante rigoroso, enquanto outras oferecem aos alunos um material barato impresso, com pouca interação ou é disponibilizado na WEB para muitos alunos sem acesso regular à rede.
É comum também a confusão dos alunos, principalmente nos cursos de especialização, com certos nomes de autores de conteúdo famosos, que são apresentados para os alunos como participantes da equipe de gestão do curso, quando, na prática, esses autores costumam só participar na fase da elaboração do conteúdo ou na gravação de algum vídeo pontual. Há muito marketing em alguns campos, que beira a propaganda enganosa.
Algumas universidades, principalmente públicas, têm uma dificuldade grande de gerenciar seus cursos, pessoas e recursos em EAD. Em duas universidades grandes, como avaliador, encontrei cursos de especialização funcionando sem que os diversos responsáveis e grupos se conhecessem e, muito menos, interagissem dentro da mesma universidade. Utilizavam plataformas diferentes, pessoas em funções semelhantes, duplicadas. Cursos como esses surgiram de iniciativas individuais, isoladas, dentro de departamentos, sem um planejamento institucional.
Outro grande problema, principalmente das públicas, é a continuidade da gestão. Muitas iniciativas perdem força quando o responsável pela iniciativa se aposenta ou se afasta. Alguns cursos são oferecidos esporadicamente, sem continuidade, o que impede um crescimento significativo.
Precisa, na EAD como no presencial, conciliar duas dimensões contraditórias, em parte: participação, descentralização de decisões, flexibilidade na gestão com comando, liderança, visão estratégica. Em universidades grandes, principalmente de gestão pública, a quantidade de instâncias intermediárias (Conselhos representativos em vários níveis hierárquicos), de um lado, garante uma maior participação dos vários segmentos representados, mas, na prática, se tornam fins em si mesmos, não possuem visão de conjunto, privilegiam seus grupos de apoio e retardam decisões estratégicas. Em universidades com forte liderança de gestão, as decisões são mais rápidas, se avança mais rapidamente, mas costumam ser tomadas sem real consenso, sem consulta verdadeira e levando em conta mais as questões administrativo-financeiras do que as inovações didáticas necessárias.

Conclusão:




Reconhecendo as inúmeras vantagens da educação a distância, continuo preocupado com os modelos da maioria dos cursos focados, tanto a distância como presenciais, mais no conteúdo do que na pesquisa; na leitura pronta mais do que na investigação e em projetos. O ensino superior, tanto no presencial como no a distância, reproduz, ainda, um modelo inadequado para a sociedade da informação e do conhecimento, onde nos encontramos.
Com as tecnologias cada vez mais rápidas e integradas, o conceito de presença e distância se altera profundamente e as formas de ensinar e aprender também. Estamos caminhando para uma aproximação sem precedentes entre os cursos presenciais (cada vez mais semi-presenciais) e os a distância. Os presenciais começam a ter disciplinas parcialmente a distância e outras totalmente a distância. E os mesmos professores que estão no presencial-virtual começam a atuar também na educação a distância. Teremos inúmeras possibilidades de aprendizagem que combinarão o melhor do presencial (quando possível) com as facilidades do virtual.
Em poucos anos dificilmente teremos um curso totalmente presencial. Por isso caminhamos para fórmulas diferentes de organização de processos de ensino-aprendizagem. Vale a pena inovar, testar, experimentar, porque avançaremos mais rapidamente e com segurança na busca destes novos modelos que estejam de acordo com as mudanças rápidas que experimentamos em todos os campos e com a necessidade de aprender continuamente.
Caminhamos para uma flexibilização forte de cursos, tempos, espaços, gerenciamento, interação, metodologias, tecnologias, avaliação. Isso nos obriga a experimentar pessoal e institucionalmente modelos de cursos, de aulas, de técnicas, de pesquisa, de comunicação. É importante que os núcleos de educação a distância das universidades saiam do seu isolamento e se aproximem dos departamentos e grupos de professores interessados em flexibilizar suas aulas, que facilitem o trânsito entre o presencial e o virtual. Todas as universidades e organizações educacionais, em todos os níveis, precisam experimentar como integrar o presencial e o virtual, garantindo a aprendizagem significativa.


Fonte: http://www.eca.usp.br/prof/moran/avaliacao.htm Trecho do texto: Avaliação do Ensino Superior a Distância no Brasil, de José Manuel Moran [Doutor em Comunicação pela USP e professor de Novas Tecnologias na ECA-USP (aposentado). Autor dos livros A educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá (Papirus, 2007) e Desafios na comunicação pessoal (Paulinas, 2007) e Co-autor de Novas Tecnologias e mediação pedagógica (15a ed., Papirus, 2009), Educação On-line (Loyola, 2003) e Avaliação da Aprendizagem em Educação Online (Loyola, 2006).Página: www.eca.usp.br/prof/moran]

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Secretaria de Educação a Distância

A Secretaria de Educação a Distância – SEED – foi oficialmente criada pelo Decreto nº 1.917, de 27 de maio de 1996. Entre as suas primeiras ações, nesse mesmo ano, estão a estreia do canal Tv Escola e a apresentação do documento-base do “programa Informática na Educação”, na III Reunião Extraordinária do Conselho Nacional de Educação (CONSED). E após uma série de encontros realizados pelo País para discutir suas diretrizes iniciais, foi lançado oficialmente, em 1997, o Proinfo – Programa Nacional de Informática na Educação –, cujo objetivo é a instalação de laboratórios de computadores para as escolas públicas urbanas e rurais de ensino básico de todo o Brasil.

Dessa forma, o Ministério da Educação, por meio da SEED, atua como um agente de inovação tecnológica nos processos de ensino e aprendizagem, fomentando a incorporação das tecnologias de informação e comunicação (TICs) e das técnicas de educação a distância aos métodos didático-pedagógicos. Além disso, promove a pesquisa e o desenvolvimento voltados para a introdução de novos conceitos e práticas nas escolas públicas brasileiras.


Secretário de Educação a Distância
Luís Fernando Massonetto
Telefones: (61) 2022 9500/9503/9504

*Conheça os Programas e Ações da Seed.

Programas e Ações da Seed
Domínio Público – biblioteca virtual
DVD Escola
E-ProInfo
E-Tec Brasil
Programa Banda Larga nas Escolas
Proinfantil
ProInfo
ProInfo Integrado
TV Escola
Sistema Universidade Aberta do BrasiL (UAB)
Banco Internacional de Objetos Educacionais
Portal do Professor
Programa Um Computador por Aluno – Prouca
Projetor Proinfo


Legislação de Educação a Distância:

Decretos:
Decreto Nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (LDB).
Decreto N.º 5.773, de 09 de maio de 2006, dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.
Decreto N.º 6.303, de 12 de dezembro de 2007, altera dispositivos dos Decretos nos 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e seqüenciais no sistema federal de ensino.
Portarias:
Portaria nº 1, de 10 de janeiro de 2007.
Portaria nº 2 (revogada), de 10 de janeiro de 2007.
Portaria nº 40, de 13 de dezembro de 2007.
Portaria nº 10, de 02 julho de 2009

Referenciais de qualidade em EaD

A primeira versão dos referenciais de qualidade para educação a distância foi elaborada em 2003.

No entanto, dada a necessidade de atualização do documento anterior, tendo em vista a dinâmica do setor e a renovação da legislação, uma comissão de especialistas foi composta para sugerir mudanças no documento, em 2007.

Essa versão preliminar foi submetida à consulta pública durante o mês de agosto de 2007. Foram recebidas mais de 150 sugestões e críticas, das quais a maioria foi incorporada. (acesse o documento aqui )
Esses Referenciais de Qualidade circunscrevem-se no ordenamento legal vigente em complemento às determinações específicas da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, do Decreto 5.622, de 20 de dezembro de 2005, do Decreto 5.773, de junho de 2006 e das Portarias Normativas 1 e 2, de 11 de janeiro de 2007.
Embora seja um documento que não tem força de lei, ele será um referencial norteador para subsidiar atos legais do poder público no que se referem aos processos específicos de regulação, supervisão e avaliação da modalidade citada.
Por outro lado, as orientações contidas neste documento devem ter função indutora, não só em termos da própria concepção teórico-metodológica da educação a distância, mas também da organização de sistemas de EAD no Brasil.


Fonte:http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=289&Itemid=356